Uma sorocabana na ANL
Em dezembro de 36, logo após a tentativa de insurreição
liderada por Prestes, a polícia de Vargas prendeu, no Rio de Janeiro, o
secretário-geral do Partido Comunista Brasileiro, o baiano Antônio Maciel Bonfim, 31
anos, conhecido como Miranda. Junto com ele foi
presa sua companheira, a sorocabana Elvira Cupelo Colônio, a Garota, de 20
anos. Ao ser pega, Elvira disse aos policiais que viajara à pé os 480 quilômetros que
separam Sorocaba-SP do Rio de Janeiro, onde foi empregada doméstica até
conhecer Miranda, se apaixonar por ele, passar a militar no Partido Comunista e
viver na clandestinidade. Na prisão, Elvira se tornou uma personagem
controvertida. Era vista como louca por uns e como traidora por outros. Mas o
fato é que ela delatou friamente e ajudou a identificar diversos militantes da
ALN. Elvira chegava a entregar informações sobre o partido à polícia soltando
sonoras gargalhadas e sem se intimidar com a presença de outros presos
políticos. Em poucos meses, a Garota foi libertada e novamente detida pela polícia
diversas vezes. A cada volta sua à prisão, novos dirigentes do partido caiam em
seguida nas mãos dos policiais. Ciente desses fatos, o PCB abriu um
"inquérito" sobre o assunto, concluindo que a sorocabana de fato
colaborava com os agentes de Vargas. A sentença de Elvira: a morte. Em uma de
suas saídas do presídio, ela foi capturada pelo partido e, duas semanas depois,
em fevereiro de 1937, foi executada. Ao saber da morte da mulher, Antônio
Maciel Bonfim, que também vinha delatando ex-companheiros, passou a
intensificar sua colaboração com a polícia.
http://www.smetal.org.br/smetal/website/sindicato/Historia/cronologia-sindical,20100412141341_K_610.aspx
Impressionante como mente. Tira a idade de Elza da cabeça, e a chama de delatora, quando até mesmo o assassino Prestes se arrependeu de te-la mandado justiçar...
ResponderExcluirvai estudar um pouco de história e depois escreva no seu blog.
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